quarta-feira, 13 de junho de 2012
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
The Dance
Eu levava o meu vestido rodado, aquele que é das cores do arco-íris quando as luzes coloridas reflectem, e o cabelo apanhado. Tu ias de jeans e t-shirt, cabelo ordeiramente despenteado e aquele teu ar de aviador destemido. Não íamos a lado nenhum na verdade, mas quem nos visse com as nossas mãos dadas e ar de quem vai destronar o rei da festa acharia que íamos ao fim do mundo. Como quem vai a lado nenhum, a lado nenhum chegámos. Tu sentaste-te e eu pus música a tocar, aquela que eu gosto e tu finges não gostar só para eu insistir que é tão bonita. Tu ficaste sentado e eu soltei o cabelo e comecei a dançar, não como uma bailarina num palco e muito menos como uma “party girl”numa discoteca! Não, nada disso! Eu dancei como só eu danço, mais ao meu ritmo que ao da música, com passos elegantes e desajeitados que eu própria inventei! E tu ficaste sentado a olhar, calado e com aquele sorriso tão teu que sugere que desta vez eu enlouqueci de vez. E se calhar és capaz de ter razão, mas por isso culpo-te a ti e a mais ninguém. E nesta loucura, enquanto eu dançava e tu sorrias em lugar nenhum, no mundo real eu perguntava-me se me acharias doida se dançasse para ti.