Fragmentos de luz
Permanecem no céu
Tudo o que resta de um sol
Que aos poucos se pôs no horizonte
Pequenos raios
Que brilham débeis
Combatendo a escuridão
Num interminável crepúsculo
Crepúsculo incerto
Que antecipa a negrura
Que tolda visão e quimera
Que nos deixa vazios, sem sonhos
Dá-me a mão
Antes que o céu expluda
Em nuvens de tons negros
Sem esperança de sol e de azul
Dá-me a mão
E de sonhos a cores
Construiremos utopia
Raios de luz impenetráveis