Há brilhos nos olhos que não se varrem…
Há amores que nunca extinguem…
Há sorrisos que batalham com ardor
Contra os ódios e a dor!
Há mágoas que, em vão, tentamos lavar…
Há feridas que não podemos fechar…
Há um pranto que não se deixa dormir
Até um mundo destruir!
Há sóis que nunca se vão apagar
E cortinas que não se fecham…
Há chuvas que não vão acalmar
E forças que nos deixam…
Há sempre uma esperança à espreita no horizonte,
Não importa quantas chagas existam!
Há pés que não se cansam de subir o monte,
Até que a felicidade consigam!
sábado, 23 de maio de 2009
sexta-feira, 8 de maio de 2009
Meu amor,
Hoje despertei para um mundo sem cor, sem cheiros, sem sorrisos nem paixões. Hoje despertei só, sem ti ao meu lado…podia espreguiçar-me e deitar-me da forma que mais me aprouvesse pois tinha a cama inteirinha só para mim. No entanto, fiquei encolhida, como um feto na barriga da mãe, bem do teu lado, agarrada ao cheiro tão teu que ficou na almofada.
Tenho devorado ilusões pela manhã e de noite, aqueles sonhos doces que tão bem me sabem. Durante o dia apenas a tristeza e a saudade, ambas bastante amargas. E são estas as únicas coisas que me lembram os sabores do mundo, pois o resto raramente sabe ao que quer que seja.
Deste lado do mundo o sol tem brilhado todos os dias, para os outros é de um amarelo intenso, para mim perdeu a cor, é mais a preto e branco, só mais uma fonte de tristeza nesta selva de betão a que chamamos casa. Na verdade preferia que estivesse a chover, adequava-se mais ao meu estado de espírito e sempre ajudava a esconder as lágrimas que teimam em cair.
E desse lado, como está o tempo? Como flui essa cidade tão cheia de gente vazia? E como estás tu, meu amor, desse lado, sem mim? Será que também sentes a minha falta?
Só espero que voltes depressa com beijos e sorrisos para me oferecer.
P.S. O relógio que me ofereces-te parece estar zangado comigo, anda cada vez mais devagar desde o dia em que foste embora e eu, de tão sufocada que ando com esta ansiedade, não tenho paciência nem vontade para descobrir porque se chateou.
Tenho devorado ilusões pela manhã e de noite, aqueles sonhos doces que tão bem me sabem. Durante o dia apenas a tristeza e a saudade, ambas bastante amargas. E são estas as únicas coisas que me lembram os sabores do mundo, pois o resto raramente sabe ao que quer que seja.
Deste lado do mundo o sol tem brilhado todos os dias, para os outros é de um amarelo intenso, para mim perdeu a cor, é mais a preto e branco, só mais uma fonte de tristeza nesta selva de betão a que chamamos casa. Na verdade preferia que estivesse a chover, adequava-se mais ao meu estado de espírito e sempre ajudava a esconder as lágrimas que teimam em cair.
E desse lado, como está o tempo? Como flui essa cidade tão cheia de gente vazia? E como estás tu, meu amor, desse lado, sem mim? Será que também sentes a minha falta?
Só espero que voltes depressa com beijos e sorrisos para me oferecer.
P.S. O relógio que me ofereces-te parece estar zangado comigo, anda cada vez mais devagar desde o dia em que foste embora e eu, de tão sufocada que ando com esta ansiedade, não tenho paciência nem vontade para descobrir porque se chateou.
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